quinta-feira, 4 de setembro de 2008

AGORA ISSO AQUI VIROU GOTHAN CITY, ERA SÓ O QUE FALTAVA!

Há tempos que me mantinha calado. Até porque não havia motivo pra me expessar aqui.Até que percebi que às vezes falar é preciso,mesmo que de nada adianta,mas... fiz minha parte. O tempo passa e continuamos vivendo nessa eterna República de bananas. A tripartição do poder defendida por Montesquieu lá na França iluminista, e olha que faz tempo héim, há muito foi pras cucuias, se é que um dia praticamos em sua plenitude a tal tripartição do poder citada. Agora , novamente depois de legislar sobre a perda de mandato a políticos que mudam de partido, os Batmans da capa preta de Brasília estão legislando sobre o aborto, isto é os justiceiros do STF e STJ, que pelo que eu me lembre não foram eleitos pela canalha,como diria Voltaire, ou seja,nós o povo, para legislar. Agora estão até se metendo em medicina,embriologia,genética,religião,moral,quando é que se deve abortar um feto,quando é que há vida e por aí vai... O problema é que daqui há pouco isso aqui vai virar uma Gothan city e o homens da capa preta , que já disse o operário"que vivem numa caixa-preta"sairão por aí dando ordens e legislando, só falta sairem às ruas com seus batmóveis executando as sentenças,pois já estão fazendo leis e julgando. O negócio é instalar um holofote no telhado e chamá-los em caso de perigo moral!

domingo, 11 de novembro de 2007

O Egito bíblico é aqui.

"Passados dois anos completos, Faraó teve um sonho. Parecia-lhe achar-se ele de pé junto ao Nilo. Do rio subiam sete vacas formosas à vista e gordas e pastavam no carriçal. Após elas subiam do rio outras sete vacas, feias à vista e magras; e pararam junto às primeiras. Na margem do rio. As vacas feias à vista e magras comiam as sete formosas à vista e gordas. Então, acordou Faraó." Acabo de citar o texto bíblico do livro de Gênesis, para trazer à tona uma velha história num novo país - o Brasil. De acordo com a interpretação de José, filho de Jacó, seriam sete anos de fartura seguidos de sete anos de miséria. Tomara que o Deus de José e Jacó não permita que esses sete anos até a copa do Brasil em 2014 não sejam a fartura dos empreiteiros, políticos, cartolas e diretores de clubes de futebol , lobbistas, banqueiros, emissoras de tevê e outros escribas vigaristas do Brasil faraônico. É claro que na Alemanha, a copa gerou renda, em Pequim e na África do Sul , com a Olimpíada e a Copa respectivamente em 2008 e 2010, o PIB está tendo um significativo aumento. O grande problema é que aqui está mais pra Egito antigo do que pra China e África do sul atuais. Tá cheio de picaretas louquinhos para superfaturar estádios, metrôs, pontes, rodovias , hospitais, aeroportos, praças e todos os tipos de obras públicas que puderem meter as mãos. Daqui até a copa serão sete anos de vacas gordas, para essa gente, será a verdadeira farra das vacas.
Depois da copa, as vacas magras.Nada de novo sob o sol tropical do Brasil abençoado por Deus. O crime organizado, tanto pelo narcotráfico quanto pelo congresso nacional , que não há Capitão Nascimento que dê jeito ,voltará ao dia-a-dia. Os cartolas de futebol voltarão a desgraçar instituições populares como o Corinthians paulista em conjunto com a máfia russa, a dengue voltará atingir proporções pentatêuticas, as bolas-de-fogo motorizadas voltarão cair sobre as casas dos pobres nas periferias,as trevas voltarão pela crise energética ? Não será preciso nenhum novo Moisés rogar o resto das pragas... Você deve estar pensando : Não há nada de bom? Claro que deve haver , mas sempre é bom ter aquele hebreu insatisfeito resmungando de saudades das cebolas do Egito em pleno deserto escaldante. Mas aqui , saudades do passado? É difícil héim, pois a Carmen Miranda já disse : '' yes , nós temos bananas'' e não cebolas!

domingo, 30 de setembro de 2007

O muro caiu, o sonho acabou, e agora, Hobsbawm?

Hoje acordei e fui à banca de jornais comprar a Folha de São Paulo, principalmente em função da coleção clássicos do jazz, do que por novidades. Me deparei com o seguinte título na capa "Hobsbawm prevê o fim do império dos EUA". Após fazer a leitura da entrevista com o velho professor esquerdista inglês (que adoro), concluí que o "soft power" dos EUA já acabou há tempos, mais precisamente com o fim da Guerra Fria. Esse papo que a nossa juventude é alienadamente influenciada pela cultura estadunidense é pura balela de dinossauros stalinistas, até porque a maioria da nossa juventude não é influenciada por porra nenhuma de cultura. Não é mais como a "geração woodstock",nem a geração X(anos 80), não lê mais quadrinhos,não vê filmes ou ouve mais música americana, ainda toma coca-cola, usa jeans e tênis porque não foi capaz de fazer algo melhor e mais prático. O rock morreu, a "EMOTV" virou canal de novela "teen", sexo só por MSN, o que sobrou daquela cultura foi a droga para preencher os buracos nas almas angustiadas e vazias sem paz nem amor. Muitos desses doidões de "shopping centers" sem futuro andam por aí queimando índios, espancando trabalhadoras, deprimidos ou roubando as bolsas das mães pra comprar mais um pouco de drogas pra encher suas cabeças-de-vento. Esse é o admirável mundo novo pós guerra fria, politicamente correto , da chatice. Ah, que saudades do muro de Berlim!

domingo, 23 de setembro de 2007

H.G. Wells estava certo.

Outro dia liguei a tevê e vi um tremendo burburinho, pra falar a verdade, um tremendo escândalo feito por muita gente, parentes, jornalistas defendendo o jabá, bicões e outros agourentos interessados em tirar algum proveito do acidente dos dois trens suburbanos lá na baixada fluminense. Lá na Babilônia,digo, Brasília, vi um coro de abutres, ops! tucanos e modernos coronéis democratas, gente que veio junto com as caravelas do Cabral, exigindo uma CPI do apagão ferroviário, para apurar a morte daquelas vítimas do descaso, incompetência e corrupção da administração pública. A tragédia poderia ser evitada se os administradores tivessem posto os tais dos "grooves", acho que é assim que se escreve essa porra, nos trilhos dos trens. Trouxeram as caixas-pretas dos EUA pra saber se a culpa era do fabricante, dos maquinistas, além é claro, do governo federal. O Jabor pra-lá-de-gagá gritando nos meus ouvidos "Vamos às ruas", o Diogo-saco-de-vento-Mainardi culpando o presidente, o Boris Casoy dizendo "Isso é uma vergonha" e até a Hebe falando que aquela gente feia, pobre, fedida e banguela eram todas "umas gracinhas". De repente percebi que estava delirando e acordei para a realidade, lembrei de uma frase do romancista inglês, H.G. Wells: "Nos corredores da história, os gemidos dos poderosos ecoam mais altos que os gritos dos miseráveis". Não estou defendendo a corrupção, nem a incompetência Sui generis dos nossos governantes, e sim questionando a coerência de nós brasileiros que às vezes bradamos aos quatro ventos e outrora nem sequer sussurramos.

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Nada dura para sempre, graças ao eterno Deus!

Tudo nessa vida é efêmero, já diziam os filósofos gregos pré-socráticos.
Há menos de uma semana morreu o tenor italiano Luciano Pavarotti, o homem que tirou sua potente voz dos ambientes chiques e requintados como o famigerado Teatro Alla Scala Milano e introduziu a ambientes populares como estádios de futebol e outras arenas mundo afora. Chegou a ser criticado por muitos críticos puristas. Havia dado aos pés -de - chinelos do mundo inteiro a chance de conhecer a voz dos pés -de - pradas.
Isso me fez pensar no futuro da arte e especialmente o da música. Logo me bateu uma deprê. Me toquei que , como Pavarotti, um dia, Neil Young, Bob Dylan, Bruce Springsteen, Chico Buarque, Gilberto Gil, Zeca Baleiro, Jorge do Peixe, Mano Brown e tantos outros também morrerão , afinal tudo passa. O problema é que para cada grande artista que passa , a mãe natureza nos presenteia à moda grega, fazendo nascer, dúzias de Latinos, Bondes do Tigrão , Dj Marlboros , Palhaços Tiriricas, Mcs Sérginhos e outros cavalos-de-Tróia. O pior ainda , é ter que ouvir a tevê gritando nos meus ouvidos aos domingos: "Vai lacraia , hurra meu! vai lacraia , ô lôco bixo"! Ainda bem que, graças ao eterno Deus ,um dia ,também passarei!